Atualmente os sistemas de gestão de frota (despacho) são comumente utilizados na mineração, cujo principal objetivo é permitir a alocação de equipamentos nas melhores rotas, podendo ou não ser um processo automático. Assim é possível evitar o excesso de equipamentos nas operações, desvios operacionais e, consequentemente, aprimorar a utilização dos recursos disponíveis.
Os recursos tecnológicos trazem benefícios, mas também podem ocasionar complicações caso não sejam utilizados de forma adequada. Para evitar tais questões, são necessários pessoas e processos mapeados para a obtenção dos dados e a atuação “just-in-time” nas tomadas de decisões.
Para a melhor gestão dos recursos é essencial o constante engajamento da equipe e a busca da simplificação dos processos e foco nos principais indicadores da gestão de frotas: Disponibilidade e Utilização Físicas, Eficiência Operacional e Produtividade.
A disponibilidade física refere-se ao tempo em que o equipamento se apresenta disponível para operar. Os acontecimentos na mina são associados às categorias de tempo*, possibilitando o cálculo dos indicadores. Tratando-se da disponibilidade física, a mesma pode ser obtida por:
Por exemplo: um equipamento apresenta 24 horas calendário no dia, das quais 8 passou em manutenção. Sendo assim, a disponibilidade foi de 66,7%, já que:
A utilização física refere-se ao conceito do equipamento ser de fato utilizado, independente da eficiência. Tal indicador relaciona as horas trabalhadas com o total de horas em que o equipamento esteve disponível, sendo obtido por meio de:
Por exemplo: o mesmo equipamento citado anteriormente (com 8 horas de manutenção) trabalhou durante 14 horas, no mesmo período analisado. Neste caso o equipamento não foi utilizado por 2 horas. Sendo assim, a utilização foi de 87,5%, já que:
A eficiência operacional, por sua vez, é obtida por meio da correlação dos dados de disponibilidade e utilização físicas, previamente obtidos:
Por exemplo: seguindo o exemplo analisado, cujos valores encontrados de disponibilidade e utilização físicas foram de 66,7% e 87,5%, respectivamente, a eficiência operacional seria de 57,3%, tendo em vista que:
A produtividade de um equipamento depende da apropriação e geração de recursos produtivos para o seu modelo e categoria. Para equipamentos de transporte deve-se analisar o número de viagens e a quantidade transportada.
Por exemplo: uma báscula consegue fazer 30 viagens em 1 hora, sendo cada uma delas com capacidade para 35 toneladas. Sendo assim, a produtividade deste equipamento pode ser estimada em 1050 ton/h.
Já para os equipamentos de carregamento, deve ser considerado o número de equipamentos carregados e a capacidade dos mesmos. Por exemplo: dentro de 1 hora uma escavadeira carrega 20 caminhões de 40 toneladas. Dessa forma, sua produtividade média é de 800 ton/h.
Todo modelo de equipamento possui uma capacidade nominal de sua produtividade emitida pelo fabricante e a mesma deve ser considerada para que sejam obtidas maiores eficiências sem que equipamento seja danificado.
Todos os indicadores mencionados devem estar associados a uma meta e preferencialmente demonstrados em uma ferramenta de “gestão a vista”, sendo eles negociados entre manutenção e operação, visando melhorias na gestão de recursos.
* Falaremos mais sobre o conceito de categorias de tempo em outros artigos.
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