Por muito tempo as estradas de mina não tiveram papel expressivo para o sucesso da atividade mineradora. Porém, hoje já se sabe o impacto negativo que uma estrada em más condições ocasiona sobre a operação de transporte, diminuindo a segurança e a eficiência da atividade.
As estradas normalmente são projetadas pela equipe de planejamento que visam a operacionalização da cava final. Desta forma, os acessos são projetados objetivando o máximo aproveitamento de minério relacionado à menor remoção de estéril, assim como as menores distâncias de transporte.
Dimensionamento de estradas, quais tipos de projetos?
Na maioria das vezes, o estudo das estradas de mina leva em conta apenas os parâmetros geométricos de projeto. Por sua vez, o projeto geométrico leva em consideração a relação entre os elementos físicos da estrada e os parâmetros operacionais, tais como: aceleração, largura, distância de frenagem e distância de visibilidade, inclinação de rampa, raio de curvatura, drenagem e espaçamento entre leiras de segurança.
Durante o projeto, ainda deve ser levada em conta a legislação ambiental e normas regulamentadoras vigentes. Para o caso da mineração, a norma Reguladora da Mineração (NRM) apresenta requisitos mínimos para as vias por onde ocorra tráfego de equipamentos de transporte. Tais limites se referem à presença de sinalização, à largura mínima das vias e à existência de leiras de segurança e suas dimensões
Ainda pouco utilizado, temos o projeto estrutural, que tem como objetivo o dimensionamento das camadas que devem compor o pavimento. O processo de composição das camadas deve levar em conta a espessura e os materiais disponíveis, visando uma composição mais econômica. As camadas devem ser capazes de resistir aos carregamentos durante a vida útil da mina, buscando sempre que possível, diminuir as manutenções da via.
Já o projeto funcional, leva em conta a escolha dos materiais de revestimento, de modo a priorizar a economia, segurança e conforto no tráfego dos equipamentos de mina. O projeto funcional abrange também estudos de tratamento do revestimento, a fim de diminuir a geração de poeira na mina.
Não menos importante, temos também o projeto de drenagem, que tem papel primordial na vida útil das estradas e visa direcionar e coletar a água de forma adequada. Isto porque, a degradação das estradas ocorre principalmente pelo escoamento superficial e acúmulo de água nas vias.
Manutenção da via
As condições das vias de acesso influenciam diretamente nos parâmetros de qualidade, segurança e custos com manutenção dos equipamentos. Em relação aos custos podemos destacar: maior consumo de combustível e lubrificantes, além de desgaste dos pneus.
No que se refere aos pneus, já vem sendo utilizados sistemas de controle de temperatura e pressão, a fim de garantir menores gastos com manutenção e troca dos pneus, além de aumentar a segurança durante a troca dos mesmos.
Por meio desses sistemas é possível detectar anomalias na via, através de variações nas pressões em um ponto georreferenciado. Porém, de nada adianta realizar o controle e monitoramento se a raiz do problema não for mitigada, ou seja, se a manutenção correta da via não for feita.
Para otimizar a manutenção da via, vale destacar algumas medidas que poderão ser tomadas, são elas:
– Instalar um sistema eficiente de drenagem, minimizando assim, os efeitos do escoamento da água sob a via;
– Controlar, de forma rigorosa, o carregamento dos equipamentos de transporte. Isto pode ser feito através da gestão de pesagem pelo próprio sistema de gestão de frota, afim de evitar o super carregamento dos veículos ou derramamento de material na via, que contamina o revestimento e pode gerar problemas;
– Controlar a poeira da via, de forma a evitar problemas de visibilidade, aumentando assim a produtividade;
– Manter leiras de segurança e saídas de emergência;
– Periodicamente renivelar as estradas, eliminando buracos, depressões e trilhas de roda;
– Capacitar os operadores para relatar situações de inconformidade da via ou perigo aos seus supervisores.
Desta forma, para evitar gastos desnecessários de manutenção, bem como gastos decorrentes do mau funcionamento das estradas, deve-se aumentar os esforços durante os projetos de confecção e manutenção das estradas, uma vez que estradas com condições de superfície longe das ideais acabam por gerar maiores custos.
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