Embora diferentes recursos de tecnologia sejam constantemente desenvolvidos, algumas empresas ainda não conseguem aplicar essas ferramentas nem obter os resultados esperados.
Porque isso acontece?
Esta consequência não é aleatória, mas estátotalmente ligada à estratégia de gestão da empresa. Antes de escolher e implantar uma tecnologia de gestão de frota, é preciso começar sabendo onde se quer chegar para poder traçar o caminho a ser percorrido. Abaixo sugerimos alguns tópicos que podem lhe ajudar a obter mais resultados.
A seleção da melhor tecnologia é um processo que depende de como podemos absorver e interpretar as informações geradas. É fundamental procurar o caminho de tecnologias automáticas, que maximizem o uso dos equipamentos através de ferramentas como telemetria, evitando a necessidade de registros manuais por parte dos operadores e motoristas. Essa automação pode economizar tempo e reduzir erros, permitindo uma análise mais precisa dos dados.
A utilização de tecnologias automáticas, como a telemetria, permite o companhamento em tempo real dos equipamentos, recolhendo dados sobre seu desempenho e comportamento (Smith, 2012).
A telemetria utiliza transmissões sem fio para transmitir informações dos veículos para um sistema centralizado. Esses dados são usados para análise de eficiência operacional, consumo de combustível e manutenção preditiva (Brown, 2015).
A tecnologia sozinha não é suficiente; deve sercombinada com um programa de “performance contínua”. Isso significa estabelecer projetos com metas claras, promovendo treinamento regular e gerenciando processos para evoluir continuamente as pessoas, extraindo o melhor desses recursos. Um programa bem estruturado pode aumentar a eficiência, fortalecer a cultura da empresa e impulsionar a inovação.
Os indicadores não devem ser negligenciados. É essencial estudar e dominar os conceitos dos mais importantes, como Disponibilidade, Utilização, Eficiência Operacional e Produtividade.
Esses indicadores são a espinha dorsal da análise de desempenho, pois impactam diretamente nos custos e no dimensionamento da frota.
Compreender como esses indicadores se conectam e o que eles revelam nos garante uma gestão de frotas muito mais ágil e rentável.
Veja nosso artigo sobre composição desses indicadores no link.
Em um estágio posterior, a atenção pode ser direcionada para indicadores secundários, ajustados de acordo com o que a equipe consegue absorver. Isso permite uma abordagem gradual, onde novas métricas são incorporadas à medida que a equipe se torna mais competente.
Dessa forma, é possível construir um entendimento profundo e tirar proveito completo dos dados.
Relatórios e Dashboards bonitos podem ser atraentes, mas o verdadeiro valor reside na qualidade dos dados e na capacidade de acessar, estratificar e manusear esses dados de acordo com a realidade específica da empresa. A estética deve ser uma consequência da funcionalidade, e não o contrário.
A metodologia de análise de qualidade dos dados é igualmente vital. A aplicação do método decile permite estratificar os dados e identificar pessoas, equipamentos, horários e processos que podem ser melhorados. Isso permite um foco direcionado em áreas de melhoria contínua (Johnson, 2017). Esse refinamento contínuo pode ser dividido em ciclos de treinamentos, configurações e atualizações de mapeamento de processos.
A implantação de tecnologia exige uma compreensão técnica profunda. É importante abusar das funcionalidades para alcançar os objetivos traçados anteriormente, estudando tecnicamente e compreendendo como utilizar cada uma para os objetivos específicos da empresa.
Para uma visão mais detalhada veja nosso vídeo explicando os 3 Pilares para a Gestão Eficiente da Tecnologia na Mineração: https://youtu.be/X3q22UjPe-Q
Finalmente, é importante reconhecer que nada é instantâneo. Quanto melhor a qualidade dos dados e o comprometimento das pessoas, mais rapidamente serão alcançados resultados consistentes nos indicadores. É um processo que exige paciência, dedicação e uma abordagem estratégica bem planejada.
A tecnologia é sempre vista como a “grande” solução para nossos problemas, porém é preciso entender que sua aplicação gera um grande impacto social e cultural na empresa, e para que ela possa trazer os resultados esperados, muitos métodos, processos e hábitos antigos devem ser modificados.
Referências
· Smith, J. (2012). Telematics in Mining Operations.
· Brown, L. (2015). Wireless Technologies in Fleet Management.
· Montgomery, D.C. (2009). Introduction to Statistical Quality Control.
· Johnson, A. (2017). Decile Analysis in Data Quality Management.